sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

. E é tudo nosso .

Quando falas de mim e eu de ti, mesmo que simbolicamente, oculta ou espalhafatosa, falamos de nós, das nossas palavras, dos gestos contidos nelas. E quando falamos de nossas paixões e do quão elas se tornaram cruciais para nossa existência aqui, de nossas atitudes, de assuntos triviais, mesmo considerando esta hipótese, a trivialidade dos mundos, das vidas circundantes, é como dizer eu amo esse texto, eu amo o que ele representa em mim por causa de ti, do que significamos para os dois lados da moeda, e além disso, do que somos tão cúmplices até quando distantes assim, entre os verbos soltos.


Sei que se falar aqui por enigmas estarei melhor me reportando a ti, pelo que vejo quando me olho no espelho, ao passo que me espias daí, a outra face. É esse sorriso que acontece só de imaginarmos, como quando tu sorri só de ler e saber, é essa canção aqui e aí dentro que faz toda a diferença, que simplifica tudo e coexiste. Então não me desculpo quando teus passos são apressados porque minha boca se move sem falar nada e mesmo assim continuamos nos entendendo. Sem muito tempo de te acompanhar, porque caminhas bem à frente, vou dizendo baixinho logo atrás: “aonde tu fores, eu irei”, sabendo que de um jeito ou de outro e é tudo nosso.