rememorar.
Uma vez tendo visto teu rosto, é preciso voltar os olhos novamente. Uma vez tendo ouvido o tom suave da tua voz, é necessário que se a ouça mais uma e outra vez, consecutivamente.
Não se pode determinar o significado do impacto que me causas quando segues andando, és de longe da vista a coisa que se quer próxima e por inteiro. És próxima o que o que se deseja mais estreito, mais unificado, mais como esse abraço que agora te dou de alma e corpo inteiro.
Cada encontro é um passo para o que advém, cada palavra dita e não ouvida ou não dita mas vista, é força que te atrái de novo para essa surpresa de me conhecer, quando penso que toda essa empatia indica que já nos conhecemos bem.
Não me resta nenhuma dúvida, por menor que seja, de que o que sentes é também o que eu sinto, e que logo começas a entender, pouco a pouco, que nem as palavras ouvidas nos são necessárias, que o discurso entre nós torna-se supérfluo, apenas empatia escrita, comunicada.