quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

é pouco tempo.

vê? um dia ainda é muito pouco, quando uma noite não te bastaria.
sentes? é mais um alguém que se vai levando de ti os números inteiros.
eu queria te dizer, menina do espelho, junto ao ouvido, o que sinto e o que vejo,
mas levas essa caminhada pra longe de mim a cada nova manhã...
Buscas com que te ocupar, procuras a quem te ocupe,
distante do que já te disse e volto a dizer:
nao é por tua culpa, eu te juro, é só por tua ignorância.
e nao é culpa tua que estejas envelhecendo,
é só o curso natural das coisas.

Toma para ti todas as marcas que foram deixadas porque nada se pode levar além delas, leva embora contigo, mesmo para debaixo da terra. Diga que o é, que é suficiente, mesmo sabendo não sê-lo, invente.
Segura firme nas mãos esse vento que soprou lá fora,
quando se olharam sem se ver, lado a lado, e o dia foi tão pouco.

"and all the roads we have to walk are winding
and all the lights that lead us there are blinding"

Nenhum comentário: