segunda-feira, 12 de abril de 2010

two



Poderia descrever agora a sensação que tenho entre os olhos da cara, essa neblina que inunda meu ser nessa manhã ensolarada e transborda a existência incerta de dois corpos perdidos no mundo das ilusões flutuantes. Mas o mar encharcou meu corpo, o mar intenso e sem forma ocupa a cena dessa fotografia. Tudo agora poderia ter começado com essa fotografia dos amigos sentados na orla da praia, porque sinto como se estivesse contando os instantes da manhã que começa enquanto vou existindo...


- Deixa a música das ondas tomar lugar no firmamento, leva teu corpo no embalo da maré mas não mergulha nesse mar insensato de estar comigo, porque essa grandeza te devora, meu amigo. Escolhe o que levar de mim para sempre contigo, que esse pedaço há muito te pertence. Guarda esses intervalos de silêncio como a mais duradoura conversação existente entre nós e não te esqueças das horas subseqüentes porque compartilhar contigo meus sorrisos de abril, enquanto essa eternidade nos sucede mansa e irrevogável, só faz gerar motivo para não querer mais nada esta manhã e ser feliz de ter isto.

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