segunda-feira, 20 de abril de 2009

"Poema sem nome"

Sinto a pele
macia.
Sinto o deslize
de firmes lábios
depois o cheiro
viciante
o corpo pesado
e a alma leve.
sinto que até mesmo
as letras minúsculas têm sentido certo
quando quero descrever o temperamento
desses dias.
não, eu não tenho mais palavras.
Só não pare agora.
Não pare.
Podemos ficar aqui
até acertarmos o traçado
das iniciais em letras de forma
na parede da vida.
Você só precisa me dar a mão.
E aceitar uma criatura perfeccionista
de sobra.
Nós não temos sexo
nem parecemos um casal.
não somos nada.
Depois a gente decide o ser.
É.
Mas não te acalme do meu lado
Necessito-te inteira
Pulsante,
rebelde, se desejares.
Tenho pressa de mostrar-te o céu
antes desse azul desbotar
sem querer...

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