Me abrace
Só me abrace.
Porque eu sou um corpo estúpido
Que sente falta de ti
Me beije.
Só me beije...
Porque eu quero voar contigo
De novo
[e não me proíba de o querer]
Porque teu cheiro, calhorda
Inebriou-me de tal maneira
Que eu me sinto tão assustada e
Vulnerável.
Porque minha boca só treme
É da falta da tua na minha
Eu que tentei tocar-te inteira
Com as palavras
Me senti tão... nua
E querendo gritar-te aos ventos
Como quem encontrou assim
[derrepente] o sentido da vida
Guardei-te em mim.
E não disse uma palavra.
Parecia que todas se tinham afugentado
De mim naquela manhã azul.
Eu que nem ousei beber
Por sentir tanta sede de ti
Senti tanto medo
Que a inocente da água
levasse embora
Teu gosto em mim.
E enlouqueci
Enlouqueci.
Conversando contigo
Mesmo que não estivesses aqui.
Abri tantas vezes a cortina
Pensando que me esperavas
E guardei teu lugar na mesa
Cúmplice de tua ausência
Que para mim os outros soaram estridentes
A me chamar a atenção
Mas eu sabia que só podia estar
Em Um único lugar
Lá onde as promessas foram feitas
Como quem colhe flores
Na primavera
E os desejos sobressaem às folhas de papel
terça-feira, 14 de abril de 2009
"Se eu não achasse isso tudo tão começo..."
About Anônimo
Publicitária, fascinada pelas teorias da conspiração e pelo mundo das artes, escritora nas horas vagas e diretora de arte nas horas de sobrevivência.
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