O rosto
Contracena
Rígido.
Até virar pó na lembrança
Da menina do balanço
alado.
Enquanto ao lado
Os lábios dançam
Escorregadios entre si
Estalando beijos tenros
Sob a luz vermelha
Do pátio do sanatório
O prédio range, desbota
se diverte
O guarda-pó está amarrotado do supervisor
Que incrédulo fez arderem os dedos no braço da vítima
Você não devia sair do quarto, mocinha.
Volte para lá.
A anestesia desce, ladeira abaixo.
O corpo pesa, flácido
O rosto adormece em plena luz.
Os lábios estão cerrados.
Eis aí a dádiva do louco nesse exílio flutuante:
Um beijo se torna eterno sob a luz vermelha.
terça-feira, 7 de abril de 2009
"O beijo eterno"
About Anônimo
Publicitária, fascinada pelas teorias da conspiração e pelo mundo das artes, escritora nas horas vagas e diretora de arte nas horas de sobrevivência.
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2 comentários:
ela disse Eu gosto.
mas já não sei, já não sei.
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